Angiografia Panorâmica com Fluoresceína Sódica: como esse exame oftalmológico é feito?

Sinonímeas: Angiografia de Grande Angular, Angiofluoresceinografia Panorâmica, Retinografia Fluorescente Panorâmica ou de Grande Angular, Fluoresceinografia de Campo Amplo 

A angiografia panorâmica com fluoresceína sódica é um exame frequentemente solicitado por oftalmologistas que buscam um diagnóstico de condições oculares associadas ao segmento posterior do globo ocular. 

Diferentemente da angiografia tradicional, que captura imagens de aproximadamente 30-50 graus do fundo do olho, os sistemas de grande angular podem registrar até 200 graus do fundo ocular em uma única captura, sem necessidade de montagem de imagens Esta tecnologia representa um avanço significativo na documentação e compreensão das doenças retinianas, especialmente aquelas que afetam a periferia da retina, permitindo diagnósticos mais precoces e tratamentos mais direcionados.

O que é a angiografia?

A angiografia panorâmica com utilização do corante fluoresceína permite uma visão expandida e detalhada dos vasos sanguíneos da retina, essencial para o diagnóstico e tratamento de diversas patologias oculares do segmento posterior do globo ocular. 

A técnica da Angiografia Panorâmica tem demonstrado particular valor em:

- Detectar alterações vasculares periféricas precoces em doenças sistêmicas

- Identificar áreas de isquemia retiniana periférica

- Documentar progressão de doenças retinianas

- Guiar decisões terapêuticas baseadas em achados periféricos

- Monitorar respostas a tratamentos

Quando é indicado fazer esse exame?

As principais indicações clínicas incluem:

- Avaliação de retinopatia diabética periférica

- Identificação de neovascularização periférica

- Monitoramento de uveítes

- Avaliação de oclusões vasculares retinianas

- Documentação de tumores periféricos

- Planejamento de tratamento com laser

Como o exame de angiografia é feito?

Para a realização desse exame, são necessários os seguintes passos:

1. Preparação: As pupilas do paciente são dilatadas com colírios para permitir uma avaliação detalhada da retina.
2. Injeção de contraste: Um corante especial, a fluoresceína sódica, é injetado na corrente sanguínea do paciente.
3. Captura de imagens: Utilizando uma câmera especial, são tiradas várias fotografias da retina. As imagens mostram o caminho do corante através dos vasos sanguíneos da retina, evidenciando áreas de normalidade e anormalidade na circulação.
4. Análise: O médico examina as imagens para identificar obstruções ou vazamentos nos vasos sanguíneos, ou qualquer outra alteração retiniana.

O paciente pode esperar visão embaçada por algumas horas após o exame devido à dilatação das pupilas. A fluoresceína é processada pelo corpo e excretada, o que pode alterar temporariamente a cor da urina.

Para a realização do exame é obrigatório que o paciente esteja acompanhado (acompanhante maior de 18 anos) e aconselhamos um jejum absoluto de 2 horas antes da injeção do contraste. Pacientes com história de nefropatia ou alergia a corantes devem ser submetidos a um preparo prévio e liberação médica para o procedimento.

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